Em concreto sobre a atitude do ínclito JPII para a máfia. Extracto de um dos maravilhosos reportagens que Jotdown tem se dedicado à história da máfia, particularmente, o terceiro de fazer isso. É um tanto enorme, porém explica muito bem o assunto.
João Paulo II, o próximo pontífice, preferiu não tocar em nada. Vocês acreditam que, no final das contas, preferiu tocar em algo? Fez treze discursos em dois dias, vinte e 21 de novembro, e eu os li todos, todavia nada, nem sequer a expressão da Máfia.
Apenas uma curto alusão à “brutalidade bárbara”, não se compreende de quem. Foi no dia 20, em um encontro com a comunidade civil cidadã” na Piazza Politeama de Palermo. E blá, blá, blá, blá, como costumavam terminar os jornais no encerramento de as aventuras de super-homem. Mas falta um detalhe para compreender o quadro geral. É o motorista. Se considerarmos as visitas de João Paulo II como um vasto auto sacramental, seus passeios por entre a multidão como uma espécie de procissão, dessa forma necessitamos espiar para o futuro.
A pessoa que conduzia o veículo do papa por Palermo era Angelo Siino, mafioso de escala dos Corleoneses e membro da maçonaria criminoso, aprisionado, uma década mais tarde e, em seguida, convertido em respeitável “arrependido”. Era a Máfia que andava a João Paulo II diante da multidão, como o mafioso que carrega o estandarte maior pela procissão do público. As pessoas, ou no mínimo quem estava ciente, ou quem tinha que compreender, o mundo do poder, rodovia passar ao papa e seu condutor como uma mesma coisa. Como se a Máfia dissesse: “Isso é coisa nossa”.
Algo assim como uma publicitação: a Máfia patrocina a visita do papa. Isso do mafioso na porta ou na moradia dos poderosos, como capataz, como guarda, como jardineiro, como moço de quadras no caso de Berlusconi, é um clássico da história da Máfia. O ambíguo mensagem de fundo é que não se entende quem é que manda na verdade, ou quem tem domínio a respeito do homem.
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- Hozezm (conversa) 00:Quarenta e quatro 3 abr 2017 (UTC)
- 1994: A rota da alma
- dez Nona temporada
É correto que João Paulo II assim como não sabia que, de direito modo, esse motorista era comprador, ou seja, de seu banco, o IOR. Mas, tão direito é que o motorista sabia, e que não só usava o papa, porém o chefe do teu banco, a entidade que se ocupava de seus dinheiros. Os Corleoneses de Totò Riina lavam mais branco o teu dinheiro no Vaticano.
Já sabemos que João Paulo II não se enteraba de certas coisas, talvez visto que não as dizia, como os abusos sexuais do estuprador Marcial Maciel, fundador dos Legionários de Cristo. Também não soube, ou não quis saber, de sujeitos que tinham contas em o TEMPO e o que faziam com elas. Bom, parece que isso do motorista nem disseram.
E isso que um ano e meio antes, em maio de 1981, ele foi baleado na praça de São Pedro. Por outro lado, os italianos bem como não ter pego muito desta história incrível, é muito desconhecida. Pesquisem, procurem na internet pra observar o que encontram.