Enterradas Na Vida. CR266 1

Enterradas Na Vida. CR266

Aduri casou-se aos sete anos e ficou viúva aos oito, em 1941. Vive com algumas 5.000 mulheres em Vrindavan, uma das vilas construídas na Índia, pra que guardem fidelidade por toda a existência a seus maridos mortos. Apenas a 600 5.000 viúvas que sofrem por sri krishna recebem qualquer tipo de auxílio. Vrindavan guarda milhares de histórias como a de Aduri. Conta a lenda que foi nesse lugar onde Krishna, a encarnação mais humana do Deus hindu Vishnu e amante genial, pensasse aos adolescentes.

Para milhares de viúvas, os devaneios do jovem Krishna são a prova de que só em Vrindavan, poderão encontrar abrigo. Mulheres vindas de todos os cantos da Índia andam descalças pelas praças e ruas da cidade, sem mais posses que os bastões pros que se agarram pra se conservar em pé e os trapos que vestem.

Muitas delas encontram-se junto aos templos, com o olhar perdido ou pedindo esmola enquanto repetem “hare Krishna, hare Krishna” e a todo aquele que lhes entrega outras rúpias. “Quando meu marido morreu, eu me tornei um estorvo, ninguém me quis, não imagino como cheguei até este recinto”, sussurra Aduri em voz baixa e dobrar sua pele acartonada cada vez que aperta os dentes.

O Sati, o ritual hindu em virtude do qual as mulheres precisam imolar-se perto ao organismo de seus maridos mortos, desapareceu quase inteiramente das tradições indianas, porém os princípios permanecem vigentes. A mulher sem marido não é nada e Vrindavan, acabou se tornando a última parada, o cemitério calmo pra diversos dos trinta e três milhões de viúvas que, estima-se que na atualidade vivem na Índia.

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Em cada data do ano, cada dia, mais de 5.000 mulheres vivem abandonadas pela cidade de 25.000 habitantes situada a 240 km de Delhi. Os mais fracos acabam deixando-se morrer em cada templo ou pensão, a todo o momento sozinho e sem que ninguém lhes preste atenção.

o Seu ambiente é ocupado rapidamente por algumas que chegam de lado a lado dos caminhos que levam até aqui. As pequenos de 18 anos e maiores de 100. E muitas, as que como Aduri enviudaron de garotas, que passaram em Vrindavan toda uma existência. “É desta maneira que Deus quis que nós vivemos”, localiza-Sumati, uma das centenas de mulheres mais velhas que perambulam pelas ruas, no tempo em que suplica faminta que alguém lhe dê um tanto de dinheiro pra adquirir arroz.

Em que momento se desesperam, as mulheres de Vrindavan, vêm bater à porta de Kamala Ghosh, uma fácil dona de casa, que há quarenta anos vem prestando sua auxílio. O trabalho de Kamala chegou há um par de anos, aos ouvidos do Governo e a pressão popular obrigou às autoridades a fazer algo. O governador do Estado de Uttar Pradesh, onde fica Vrindavan, chegou um dia com a sua comitiva, inaugurou um centro para 250 viúvas, fez a fotografia de rigor. Feito o gesto, não se lhe tornou a observar nesse lugar.

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