você Tem o javascript desativado no instante. Muitas funções podem não funcionar. Por favor, reativa o javascript para obter a funcionalidade completa. Espero que gostem do artigo! O mecanismo retórico do título da música é baseada em uma metáfora comparativa que faz alusão à relação de carinho que a protagonista principal (voz poética) mantém com o teu amado.
Qualquer um dos protagonistas, que se identifica com um barco que navega em alto mar, de forma independente, cada um por seu lado, sendo assim, aconteceu a separação e ruptura amorosa). Ademais, cada barco navega numa direção oposta, o que sinaliza a incompatibilidade entre os caracteres.
Embora há vezes em que os barcos se cruzam (por circunstâncias da vida, os amantes coincidem em um mesmo contexto), os dois sabem que é improvável retornar a se absorver e retomar a relação. Portanto, é dada uma visão desesperada e improvável do amor, que lembra muito o de “A outra coisa companheiro” que analisamos há alguns dias. É uma maneira metafórica de falar “isso acabou”.
Quando o amor se apaga, não há perspectiva de recuperá-lo. Ademais, durante a dístico vai produzindo um desgaste e agravamento progressivo da relação, que vai do encanto ao desencanto. No início da canção, vemos a protagonista feliz e entusiasmada com teu amado (os personagens estão prestes a se casar).
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- Cumbia de meus Encantos
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no entanto, pouco a insuficiente, por “algo” que passa (e que a letra não diz explicitamente, porém você poderá adivinhar e especular), a relação piora, até que ocorra o desamor. Essa gradação (em negativo) é a que vai marcando liricamente esse texto. Na Espanha dos anos 50, a frase máxima do amor era o casamento.
Deste jeito, esta quadrinha, detecta-se uma visão materialista e classicista do amor, como se o amado fosse uma posse ou um material concreto que lhe pertence de modo eterna. O possessivo permite enfatizar isto: “pronto para ser para sempre Sua companheira”. O carinho é concebido como um feito de entrega, que coisifica as pessoas, pra comparecer a ser quota de outra entidade que não seja a da pessoa que você quer).
Isto está bem simbolizado com a imagem da flor de laranjeira: “dar-te o buquê branco de meus azares”. Se utiliza um verbo de transação (conceder). A cor branca do flor de laranjeira representa o primordial, o genuíno, o real, o puro, o natural, o que é próprio de alguém (a sua essência, que só tem essa pessoa e não tem mais ninguém). A personagem está disposta a “perder” essa essência e passá-la para a pessoa que desejas. Portanto, pela cerimônia de casamento, a noiva vai de branco e leva flores de laranjeira, porque está disposta a dar-se a teu marido de maneira eterna.