"A Família Indiana Prende A Mulher" 1

“A Família Indiana Prende A Mulher”

O Nobel V. S. Naipaul tem escrito que a Índia não pode montar uma literatura à base de sagas familiares, que a condenam a fornecer autores de uma única novela, em razão de “a família só há uma”. Dessa forma perguntamos Anuradha Roy se o seu brillantísimo estreia – com ecos de Satyajit Ray – ‘Atlas de uma saudade irreal’ (Salamandra), será tua despedida. A escritora e editora responde sorrindo no tempo em que toma uma omelete de legumes no United Coffee House, um restaurante que alguns de seus protagonistas da primeira metade do século, teriam tido tempo de perceber. Pelo menos eles, por causa de se trata de uma história de mulheres presas, homens que escapam, casais desgostosos e amores impossíveis.

Tudo em um número arrebentação de 3 culturas –a hindu, a colonial e a tribal– com os ingleses apurando seus últimos cocktails e os índios se preparando pra entrar em seus sapatos. “Eu bem como Naipaul tem escrito um monte sobre a tua família Trindade!

Mas eu tenho mais o que expor. Minha segunda novela neste momento está parcialmente, não é nenhuma história se passa no presente”, explica Anuradha Roy. Este Atlas é a tua cartografia familiar? O temperamento de Nirmal, o arqueólogo, é o que me lembro de meu pai, que era geólogo e morreu quando eu tinha 19 anos.

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Eu sou bengali, entretanto só vivi em Calcutá até os sete anos. O trabalho de meu pai residí em Sikkim, Orissa, Hyderabad ou Ranchi. O ambiente e a vegetação de Ranchi (a ação começa com a instalação de uma fábrica de ervas medicinais) são a inspiração de Songarh, o público da novela.

Um espaço onde suegras e noras, são loucos de tédio. Mas não as gurias! Meu irmão e eu nos passamos o tempo pela natureza. Agora, graças à tecnologia, meu marido e eu levamos nossa editora de ensaio, Permanent Black, do Raniket, a 10 horas de Delhi. Como separar a Anuradha Roy, Arundhati Roy?

Nos conhecemos. Eu tento não ser ornamental com a linguagem. Pois se aproxima da prosa poética. Não é o livro factual ou retórico que se espera de uma ex-jornalista, editora de ensaios. É isto o que eu citou qualquer um dos meus autores, professor, que não me foi confinado nada de sua língua (risos). Puro romance, muito depurada.

Isso eu devo aos 9 agentes literários que me rejeitaram o mecanoscrito 9 vezes, por exagero de protagonistas, entre outras coisas. Assim o reescribí até o décimo agente aceitou. Eu acreditava que, uma vez superada a quota mais complicado, a escrita, o que ia ser simples, por ser editora. O que acolhimento teve? Na Índia foram vendidos 4.000 exemplares em capa dura.

Já vê que o mercado indiano é mais nanico do que parece. Na Noruega e Holanda, venderam-se mais pela primeira rodada. Nossos ensaios saem em edições de quinhentos exemplares. Tornar-se uma cultura não parece ser uma prioridade na Índia emergente. Algumas pessoas têm preocupações, contudo a cultura é a prioridade número zero pra maioria, preocupada com a sobrevivência. E a categoria média tende a comprar livros de administração de empresas. Seu Índia não parece muito espiritual. A visão mística da Índia, no Ocidente, deixa-me pasmada. Mesmo que vários de nossos gurus são definitivamente materialistas. No Mahabharata neste instante está refletindo a Índia, com profundidade e boniteza: o materialismo, as intrigas, a ganância e a selvajaria.

É também uma história do que está acontecendo pela Índia, como os desfavorecidos, os povos prosperam na cidade grande, apesar de sua casta, graças ao anonimato e suas oportunidades. Mas em Raniket vejo que 90% dos índios não participa da história de sucesso que vendem os meios de comunicação em inglês. Como mudou o carinho pela Índia?

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